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Era o primeiro dia da travessia dos Lençóis Maranhenses.
Saímos bem cedo do Canto do Atins, antes do nascer do sol num 4×4 que nos levou até a barraca das bandeiras na foz do Rio Negro, nosso último ponto de apoio antes de entrar de vez nas dunas. Neste percurso já vimos os outros grupos, que seriam companheiros da travessia nos dias seguintes: os oito franceses, as moças lindas de Santa Catarina, um pai caminhando com a filha.
Uma hora antes de alcançarmos a Baixa Grande, o oásis nossa meta e base desta noite, uma forte, e fora de época, chuva nos surpreendeu. Bem no meio do nada.
Sem nenhuma possibilidade de abrigo continuamos a caminhar, e a fotografar enquanto foi possível, tentando proteger o equipamento pelo menos. Receio de raios, mas o guia garantiu que ali eles não caem…
Grupo a grupo foi chegando encharcado no redário da Dona Losa, que aguardava tranquila, assistindo o tempo passar, com o almoço pronto.
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